Os trabalhadores estão concentrados esta quarta e sexta-feira, das 08:30 às 10:30 e das 17:00 às 19:00, em frente às instalações da empresa, em S. Mamede Infesta, Matosinhos.
A greve de duas horas por turno abrange também a unidade da Maia da Efacec, "de onde veio um autocarro quase cheio com trabalhadores".
"Foi algo que também nos agradou muito. Pela primeira vez, tivemos uma grande adesão do pessoal da Maia, assim como das unidades de Engenharia e Mobility, um tipo de trabalhadores diferentes dos da Arroteia, que são sobretudo de chão de fábrica", enfatizou, avança o Noticias ao Minuto.
Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da Efacec disse que a empresa "não vai comentar ainda" o protesto.Embora admitindo que a "grande adesão dos trabalhadores de chão de fábrica" tenha comprometido a laboração, Miguel Ângelo referiu que o objetivo de uma greve como esta, de apenas duas horas por turno, "não é causar impacto em termos de produção"."Esta greve foi um grito de alerta, para os trabalhadores mostrarem o seu descontentamento", sustentou.
Segundo o Noticias ao Minuto, relativamente ao despedimento coletivo na empresa, o dirigente do Site-Norte refere que os dados oficiais apontam para um total de 20 trabalhadores da Efacec Engenharia abrangidos: "Este é o balanço que o sindicato tem neste momento, embora haja quem diga que haverá mais. Depois, há as rescisões por mútuo acordo, e sabemos que há muita gente que tem aceitado as rescisões, mas alguns aceitam e nem dizem nada a ninguém", afirmou.
"Esta greve aprovada pelos trabalhadores é um 'grito de alerta' para afirmarem que não ficam impávidos e serenos enquanto o futuro da empresa e os seus postos de trabalho podem estar a ser postos em causa", apontou o sindicato, recordando que o fundo Mutares avançou com um despedimento coletivo na Efacec Engenharia em abril.
O Estado vendeu a totalidade da Efacec (nacionalizada em 2020) ao fundo de investimento alemão Mutares.
No âmbito da venda, o Estado acordou injetar 160 milhões de euros na empresa e o Banco de Fomento financia em mais 35 milhões de euros, através da compra de obrigações (convertíveis em capital).
No âmbito da venda, o Estado acordou injetar 160 milhões de euros na empresa e o Banco de Fomento financia em mais 35 milhões de euros, através da compra de obrigações (convertíveis em capital).
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras e Energia do Norte (SITE-Norte), revela o Porto Canal, fez hoje um "balanço muito positivo" do primeiro período de greve na Efacec, que pretende ser "um grito de alerta" em defesa dos postos de trabalho.
A Efacec, que tem sede em Matosinhos, conta com cerca de 2.000 trabalhadores.