Técnico do Leixões SC: “Sou um homem e um treinador muito feliz”

Carlos Fangueiro, no rescaldo do jogo com a UD Oliveirense, emitiu um comunicado na sua página oficial do Facebook, divulgando o que lhe vai na alma depois da vitória em Oliveira de Azeméis.

“CONSEGUIMOS.

Foi de facto uma época desgastante para quem ama e sente este clube e esta cidade.

Apesar de tanta tormenta, tanta vaga de 10m, tantos ventos ciclónicos, tantas tempestades, a nossa embarcação entrou em porto seguro.

Só um barco forte e unido conseguia realizar este feito.

Sou um homem e um treinador muito feliz. E por isso mesmo quero fazer alguns agradecimentos.

Agradeço ao André Castro e a toda administração da Leixões SC futebol Sad pela confiança que depositaram em mim num momento difícil deste campeonato extremamente competitivo.

Agradeço aos meus homens (meus jogadores), todos sem excepção, pela aceitação da mensagem, liderança e exigência. Obrigado por tentarem fazer o que se pedia, obrigado pela dedicação, obrigado pela união. Vocês para mim eram e continuam a ser os melhores.

Quero agradecer também a todos os diretores pelo trabalho conjunto. Sobretudo a quem esteve sempre próximo como o Nuno Fernandes, João Meira, Martinho. Quero agradecer ao Norberto pelo excelente trabalho de comunicação, ao departamento de Markting, aos fotógrafos que nos brindaram com imagens espetaculares! Obrigado Mariana, obrigado Carlos Reis pela ligação aos adeptos.

Quero agradecer a todo o departamento médico pelo esforço e dedicação que mostraram. Quero agradecer a todos os funcionários que contribuíram para o bem desenrolar do trabalho exigido, permitindo as melhores condições de trabalho possíveis.

Quero agradecer ao meu staff técnico pela compreensão, pelo trabalho fantástico que desempenhamos (obrigado por conseguirem aturar o meu stresse, a minha exigência, as minhas maluqueiras, os meus receios), foram incansáveis.

Quero agradecer aos sócios e simpatizantes deste maravilhoso clube. Tal como disse no início, juntos poderíamos e seríamos muito mais fortes. Juntos íamos conseguir e conseguimos. Em qualquer estádio, em qualquer lugar estávamos a jogar em casa. Mas que ajuda nos deram. Foram gigantes, magníficos.

Foi incrível esta nossa viagem.

Conseguimos trazer gente, muita gente, muito apoio. Conseguimos fazer com que muitos que não vinham viessem e isso fez-me tão feliz.

As romarias para ver o Leixões em família voltaram. Foi lindo demais poder ver nas bancadas gente mais experiente, gente de meia idade, gente jovem e até muito jovem. Adorei ver algumas equipas jovens da nossa formação nos nossos jogos com os pais e mães a darem um apoio incrível, a cantarem as nossas músicas tão bonitas. Temos que trazer mais equipas ainda da nossa formação para enchermos o estádio do Mar com muita alegria. Até isso atrai coisas boas e muita positividade. Um muito obrigado a todos aqueles que possam fazer deste meu desejo uma realidade, sobretudo ao nosso presidente e meu amigo Jorge Moreira, pois pela dedicação e trabalho que tem feito conseguirá ajudar-nos atrair mais e mais gente, meninos e meninas para colorir este mítico estádio do Mar.

Gostaria tanto que as divergências acabassem! Que todos fossem respeitados e que de uma vez por todas, todos se unissem num só propósito! Levantar bem alto esta cidade e este clube de primeira. Aquela claque magnífica tem que voltar empurrando-nos para mais e melhores vitórias. Os que têm vindo têm se feito ouvir a km de distância! Imaginem com todos aqueles que vinham antes também!!!

Este clube e esta cidade tem um potencial incrível. Merecemos todos muito melhor.

Juntos e unidos, sairíamos todos a ganhar.

Estou plenamente convencido disso. A trabalhar em conjunto, conseguimos despertar o gigante adormecido.

Que bom seria… QUE BOM.

Para terminar quero agradecer a toda a minha família e amigos. Mesmo aqueles que me diziam “és um grande maluco por aceitares treinar o Leixões no momento em que se encontra”.

Quero agradecer a minha esposa e meus filhos pela compreensão, pois coloquei a família em segundo plano para aceitar este desafio.

Deixei as minhas filhas sozinhas num outro país (a 2000 km de distância) para aceitar treinar o meu Leixões.

Sei que elas sabiam do meu desejo, do meu sonho, do estar pronto para este desafio incrível.

Desculpem-me e obrigado pela vossa compreensão. Amo-vos muito e sei que um dia vos irei compensar com muito amor e muitas felicidades.

Agora e com sentimento de dever cumprido (não iria conseguir perdoar-me, nunca se o Leixões caísse de divisão nas minhas mãos).

Este é momento para relaxar finalmente, repousar, recuperar energias, carregar baterias.

Para todos vocês, este homem, este treinador, este amigo, está inteiramente grato e de coração cheio.

Com vontade de fazer mais e melhor”.