O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte vai pedir reuniões com caráter de urgência ao Governo, para debater a situação dos funcionários despedidos da refinaria da Galp, em Leça da Palmeira, Matosinhos, que "continuam sem soluções para o seu futuro profissional".
Os pedidos serão endereçados aos ministérios do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e do Ambiente e Ação Climática, pormenoriza o SITE - Norte, em comunicado, no qual dá conta que os encontros com as diversas entidades têm sido infrutíferos quanto à definição do futuro dos funcionários.
"Passados mais de dois anos [de terem ficado a saber que iam perder o emprego] não há nada, só a certeza de que os trabalhadores despedidos ficaram para trás", sublinha o sindicato, num documento em que reitera críticas à Galp e ao Governo, sem poupar a Câmara, o Instituto de Emprego nem a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, três entidades com quem já se reuniu.
"Tendo em conta que o período de garantia do fundo de desemprego para alguns trabalhadores já terminou, ou está em vias de terminar, constatou-se a inexistência de um plano concreto a implementar, nem sequer delineado", alerta o sindicato.
"Exigimos uma célere intervenção por parte do Governo nesta matéria, para que sejam cumpridas todas as metas e princípios da tão denominada 'Transição justa' aprovada pelo Governo e União Europeia. É necessário a implementação de medidas concretas que façam jus a esse nome, e não mais um documento com palavras bonitas, mas sem nenhuma aplicabilidade", conclui o comunicado.