O PSD Matosinhos vai apresentar, esta quarta-feira, em reunião do executivo, uma nova proposta para a construção de um Campus Universitário. Em declarações ao Porto Canal, o presidente do PSD Matosinhos, Bruno Pereira, salientou que o objetivo “nesta fase” foi apostar na “área da habitação”.
Trazer os estudantes para os terrenos da Petrogal significa atrasar ainda mais o projeto. Em primeiro lugar “não se sabe quando é que os terrenos estão descontaminados, não se sabe quando é que este processo se vai iniciar e isto é um processo urgente”, reitera Bruno Pereira.
Para que tal possibilidade pudesse vir a acontecer seria necessário que fossem desmontados os terrenos da Petrogal e toda a infraestrutura industrial, explica. Desmontar toda a componente industrial pode “levar um ou dois anos”.
“Um Campus Universitário ou qualquer investimento na Petrogal estamos aqui a falar a cinco ou seis anos”, disse o presidente do PSD de Matosinhos.
Para o PSD de Matosinhos o desafio consiste na criação de um Campus Universitário a paredes meias com o Polo Universitário da Asprela. “Achamos que um Campus Universitário para Matosinhos faz todo o sentido desde que seja um complemento à Universidade do Porto, um complemento ao já existente Campo da Asprela”, explicou Bruno Pereira.
“Matosinhos tem perto das suas fronteiras um grande Campus Universitário com dezenas de Universidades e Faculdades e nós notamos que de facto existe uma crise na habitação não só para a população, mas também para os jovens estudantes que, neste momento, vêm uma concorrência direta das famílias e de outros jovens que estão a ingressar no mercado de trabalho”, afirmou o presidente do PSD Matosinhos.
Para além da criação de Campus Universitário que tenha dentro das suas portas habitações e residências universitárias, Bruno Pereira admitiu que este projeto deve ser “complementado no futuro com componentes letivas, ou seja, isto tem de ser multidisciplinar”.
Relativamente ao financiamento, o vereador do PSD Matosinhos refere que, neste momento, o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “possui apoios financeiros para o alargamento da atual oferta de camas a preços acessíveis para estudantes do ensino superior”.
A Câmara Municipal de Matosinhos deve, em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, com a Universidade do Porto e com parceiros privados lutar por políticas e investimentos que “acelerem a disponibilização de camas a preços de camas de residências universitárias a preços regulados”.
(In Porto Canal)