“Apresentar as diretrizes orientadoras da iluminação pública do concelho de Matosinhos é o que nos traz aqui” começou por dizer o vice-presidente da Câmara de Matosinhos, que abriu a sessão na tarde de ontem.
“Este é um documento normativo e estruturante para a gestão da iluminação pública concelhia” reforçou. “Questões como o impacto ambiental proporcionado por uma iluminação mais sustentável, a eficiência energética ao menor custo, a qualidade estética do município, o desenho das luminárias pelas nossas ruas ou espaços públicos ou a segurança são apenas alguns aspetos que foram tidos em conta na implementação deste Plano Diretor de Iluminação”, acrescentou.
No âmbito do plano delineado, a Câmara Municipal de Matosinhos vai substituir 20.281 luminárias convencionais por tecnologia LED e instalar um sistema de telegestão para iluminação pública.
O objetivo destas medidas passa por tornar Matosinhos “mais eficiente em termos energéticos” sublinhou Manuela Álvares, vereadora do Ambiente e Transição Energética da Câmara de Matosinhos. Assim como afirmar o concelho no contexto das cidades inteligentes, contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, revitalizar a atividade humana durante o período noturno e cooperar para a valorização e coesão territorial, frisou.
O recurso à iluminação LED está sujeito a "exigentes especificações técnicas" para prevenir a poluição luminosa, garantir uma ajustada temperatura da cor e a adequada restituição da cor dos objetos iluminados e contrariar os efeitos precoces de uma corrosão atmosférica, especialmente num território servido por uma extensa zona costeira e exposto a elevados teores de salinidade, vincou.
Manuela Álvares reforçou que numa cidade coexistem duas cidades, uma de dia e outra de noite, suscitando esta última preocupação ao nível da segurança das pessoas e rodoviária, daí a importância da iluminação pública. Esta deve, por isso, “ser concebida em articulação com a nova ênfase do período noturno, que ultrapassa a mera referência ao repouso e recolhimento, para se apresentar ainda como um espaço próprio de convivialidade, lazer, atração turística e promoção económica, cultural e social da cidade", explicou.
O sistema de telegestão da iluminação pública irá permitir controlar e gerir remotamente as redes de iluminação como, por exemplo, programar o acendimento ou reduzir a intensidade de uma lâmpada para economizar energia.
Recorde-se que em julho de 2023 o executivo municipal aprovou um investimento de 16 milhões de euros durante os próximos 16 anos na gestão da eficiência energética na iluminação pública.