A Câmara de Matosinhos vai votar esta quarta-feira, a atribuição de 10 mil euros para a candidatura de um conjunto de oito obras do arquiteto Álvaro Siza Vieira à lista do Património Mundial da UNESCO.
De acordo com a proposta que vai ser votada na reunião do executivo a verba surge no âmbito do protocolo de cooperação entre o município de Matosinhos e a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), e destina-se a comparticipar as despesas com a formalização da candidatura para inscrição do projeto.
A FAUP coordena, desde 2021, os trabalhos conducentes à candidatura, assinala o documento.
Do projeto candidato "Obras de Arquitetura de Álvaro Siza em Portugal" fazem parte a Piscina das Marés (Matosinhos), a Casa de Chá da Boa Nova (Matosinhos), o Museu de Serralves (Porto), o Pavilhão de Portugal (Lisboa), o Bairro da Bouça (Porto), a Igreja do Marco de Canaveses, a Casa Alves Costa (Caminha), a par do próprio edifício da FAUP, elenca a proposta.
Ainda segundo a proposta de maioria socialista liderada por Luísa Salgueiro, a "candidatura tem como objetivo primordial a valorização de todos os elementos que compõem a série candidata 'Obras de Arquitetura de Álvaro Siza em Portugal' e contribuir para a reputação nacional e internacional das obras arquitetónicas e urbanas que a constituem".
Recorda o município que, "deste processo de candidatura, conduzido por uma equipa interdisciplinar de docentes, investigadores e consultores, resultou uma primeira entrega formal, em 2023, à Comissão Nacional da UNESCO, do Dossiê de Candidatura, do Plano de Gestão Conjunto e de oito Planos de Gestão individuais das obras integradas na candidatura".
"Para além do amplo trabalho realizado até ao momento, colocam-se ainda exigências orçamentais elevadas", assinala o documento.
A revisão e conclusão da candidatura nos próximos dois a três anos, designadamente na elaboração de cartografia georreferenciada, o desenvolvimento de Planos de Gestão, a revisão e ampliação de documentos, nos custos associados a taxas de avaliação pela UNESCO, nas viagens e receção de peritos nacionais e internacionais, revisão das provas, disseminação e design, entre outros, figuram entre as despesas previstas na candidatura, elenca a proposta.
Os 10 mil euros referem-se à comparticipação da autarquia no processo de candidatura.
Lusa