As linhas de Gondomar e da Trofa contam com financiamento do Fundo de Coesão da União Europeia e representam um investimento de 259 milhões de euros. Já as novas linhas de Matosinhos e da Maia aguardam financiamento.
“Estamos a dar um passo para os próximos seis ou sete anos. Não há varinhas mágicas. Temos pouco tempo. A urgência climática exige urgência na ação”, afirmou o primeiro-ministro.
António Costa referiu que “temos pouco tempo para nos desabituarmos do automóvel”, destacando a necessidade de “reorganização das nossas cidades”, dando como exemplos os investimentos na ferrovia e nos transportes públicos.
No caso de Matosinhos, a nova Linha de S. Mamede terá 6,55 km e oito estações (IPO II, ISCAP, S. Mamede, Pedra Verde, Elaine Sanceaau, Xanana Gusmão, S. Gens, e Senhora da Hora II). Esta última, entroncará na linha Azul na Estação do Mar. A presidente da Câmara Municipal de Matosinhos disse estar satisfeita “com o início de mais uma etapa deste processo”. De acordo com Luísa Salgueiro, a nova linha de S. Mamede é “há muito reivindicada para completar a rede de Metro no concelho de Matosinhos”, frisando que terá “impacto nos movimentos pendulares”. “É uma linha com muita procura e que será muito necessária”, acrescentou a autarca. Marcou também presença o vice-presidente da autarquia com o Pelouro da Mobilidade, Carlos Mouta.
Atualmente, a Metro do Porto tem seis linhas em operação. Em curso, mas em diferentes fases, estão a extensão da Linha Amarela (D), entre Santo Ovídio e Vila d'Este (Vila Nova de Gaia), a Linha Rosa (G), entre S. Bento e Casa da Música (Porto), uma linha de metrobus entre a Casa da Música e a Praça do Império (com a extensão à Anémona), e a Linha Rubi (H), entre a Casa da Música e Santo Ovídio, que inclui uma nova ponte sobre o rio Douro.
O presidente do Conselho de Administração do Metro do Porto, Tiago Braga. prevê que, no final da década, com as oito novas linhas em pleno funcionamento, haverá mais 150 milhões de validações anuais, contribuindo para o cumprimento das metas de neutralidade carbónica em 2030, através da redução do uso do transporte individual, do congestionamento e das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera.
Para “uma mobilidade sustentável e eficiente”, o ministro do Ambiente e da Ação Climática considerou fundamental a existência de “transportes coletivos mais acessíveis e de qualidade”. “Só assim será possível reduzir em 40% as emissões de dióxido de carbono no setor dos transportes e mobilidade (setor responsável por 70% dos gases com efeito de estufa emitidos)”, defendeu Duarte Cordeiro.