A cargo das famílias e dos utentes está o pagamento mensal de 1326,08 euros, ao qual acresce o valor da comparticipação da Segurança Social. Depois de várias acusações de maus-tratos e o orçamento ter sido negado em assembleia-geral, a instituição não tem licença para atuar como lar.
O Lar do Comércio, um lar de idosos, em Matosinhos, notificou os seus utentes, por carta que as mensalidades do lar vão aumentar. O lar é casa de 150 idosos.
Segundo o Público, a média das mensalidades ronda agora os 600 euros. No entanto, vão aumentar para 1800 euros, que resulta da comparticipação das famílias, dos utentes e da Segurança Social (473,92 euros).
Esta mudança entrará em vigor no dia 1 de julho. Existem 120 pessoas colocadas ao abrigo de um acordo de cooperação com a Segurança Social e quatro extra.
Existem, também, 26 utentes que, quando entraram, doaram dinheiro à instituição e, portanto, ficaram a pagar um pequeno valor. No entanto, desde março que deixaram de ter comparticipação pública.
Segundo Paulo Castro, técnico de contas, assessor financeiro, anunciou: “A instituição está falida” e que “se nada for feito, o Lar do Comércio corre a passos largos para encerrar a 31 de agosto de 2023”. O orçamento não foi aprovado em Assembleia-Geral, em dezembro de 2022.
Existem investigações que estão abertas devido a 67 crimes de maus-tratos, 17 dos quais agravados pelo resultado.
Além disso, a nova direção realizou dois despedimentos coletivos e muitos destes são sócios da instituição.
Após uma reunião entre as famílias e a direção, o Público adianta que a direção promete olhar para cada caso e decidir um valor. O lar planeia requalificar-se, passando a ter uma unidade privada e outra social.