Investigadores do Laboratório Colaborativo para a Bioeconomia Azul (B2E), em Matosinhos, integram um projeto que pretende encontrar novas ferramentas para determinar a qualidade do pescado, promovendo a segurança alimentar e combatendo o desperdício, revela o Porto Canal.
Em comunicado, o laboratório esclarece esta segunda-feira que o projeto, intitulado Vertical Fish, enfrenta “dois desafios críticos: a garantia da qualidade do pescado e a sustentabilidade na aquacultura”.
Liderado pelo grupo MC Sonae e enquadrado no Pacto da Bioeconomia Azul, o projeto é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Com as alterações climáticas a afetarem os ecossistemas marinhos, os investigadores vão procurar “soluções inovadoras” para identificar as variações morfologias, estruturais e moleculares do pescado.
Segundo o mesmo órgão de informação, ao longo do projeto, que termina no final de 2025, serão também desenvolvidos "sistemas modulares inovadores" tendo em vista o desperdício zero no setor da aquacultura.
Estes sistemas permitirão a "reutilização de diferentes nutrientes em várias etapas da produção, utilizando organismos de baixo nível trófico", como macroalgas e outros invertebrados, que permitirão "otimizar a eficiência produtiza, reduzir os custos operacionais e promover práticas mais sustentáveis".
Além do B2E e da Sonae MC, o projeto conta com a participação de várias empresas, universidades e centros de investigação, como o A4F, SA - Algae for Future, o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, INESC-TEC, Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Neadvance, Seaentia, Universidade de Aveiro e Universidade do Minho.
O Laboratório Colaborativo para a Bioeconomia Azul (CoLAB B2E) é uma associação privada sem fins lucrativos que opera a todo vapor desde 2020, com o objetivo de impulsionar uma nova bioeconomia azul, reunindo investigação, educação, inovação e mercado – por um mundo melhor e mais sustentável.
A criação dos CoLABs resultou de uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior com o objetivo de implementar agendas de investigação e inovação, com criação de valor económico e social. Os Laboratórios Colaborativos são reconhecidos pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e o processo de monitorização é conduzido pela Agência Nacional de Inovação.