BILHETE POSTAL
Por Eduardo Costa
Se vis pacem, para bellum. Se queres paz, prepara-te para a guerra. Já o diziam os romanos. Desde que me conheço que ouço defender que a melhor forma de alcançar a paz está na preparação da força militar, tornando-nos menos suscetíveis a ataques.
É neste contexto que a grossa maioria dos europeus se mostra favorável ao armamento dos seus exércitos. Não para fazermos guerra, mas para garantirmos a paz.
A Rússia é a ameaça. Sem dúvida. Terá a Europa e os países que constituem o chamado bloco ocidental, atlântico e asiático democrático capacidade para mostrar a força das armas para nos garantir a paz?
Talvez seja interessante analisarmos alguns números.
A Rússia tem um Produto Interno Bruto (PIB) de dois triliões de dólares. A nossa vizinha Espanha tem idêntico PIB.
A União Europeia (21 triliões) e outros países europeus democráticos apresentam cerca de 25 triliões. Juntando os Estados Unidos (cerca de 30 triliões) e outros países aliados, como Japão, Canadá e outros, somam 37 triliões.
38 triliões é, assim, a soma dos países da UE, europeus, atlânticos e asiáticos efetivamente aliados.
20 triliões é a soma da China (18,5) e da Rússia (2), assumidamente parceiros.
Vamos também analisar a população na Europa.
Enquanto a União Europeia e Reino Unido somam 510 milhões, a Rússia tem 146 milhões de habitantes. (Os Estados Unidos tem 342 milhões).
Claro que, o que nos diferencia e muito é a capacidade bélica. Lá chegaremos. Acredito.
Para equilibrar as forças e eliminar a ameaça de conflito armado.
Eduardo Costa, jornalista, presidente da Associação Nacional de Imprensa Regional
(Este artigo de opinião semanal é publicado em cerca de 50 jornais)