O documento, assinado no Edifício dos Paços do Concelho, prevê que até dezembro de 2024 seja assegurado o abastecimento das indústrias de conservas superior às 14 mil toneladas de sardinha.
“Agora que o estado do recurso está novamente acima dos níveis de segurança, faz todo o sentido retomar esta ligação e escoar o nosso produto para a indústria conserveira nacional”, afirmou o presidente da ANOPCERCO, Humberto Jorge.
O presidente da ANICP sublinhou que “a pesca tem a sua necessidade de ver garantida uma parte do escoamento que a indústria conserveira lhe está a garantir”. “14 mil toneladas serão absorvidas pela indústria conserveira. Foi selada uma realidade. Precisamos uns dos outros. Nem a indústria vive sem a pesca e nem a pesca vive sem a indústria”, frisou José Freitas.
Para a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, o documento agora assinado “é da maior importância para o país, porque, sendo a pesca e os seus derivados um dos setores que mais exportam nesta atividade primária da nossa economia, vamos estar a criar condições, do ponto de vista da sustentabilidade, para podermos pescar mais e acrescentar valor”.
Os contratos de compra e venda de sardinha foram ainda assinados pelo presidente da Propeixe – Cooperativa de Produtores de Peixe do Norte, Agostinho da Mata, e pelos representantes das conserveiras Ramirez, Comur, Portugal Norte e a Poveira.
“É um acordo inédito e de grande vantagem para todos os intervenientes. O cruzamento entre estas duas atividades é essencial”, considerou a presidente da Câmara Municipal.
Luísa Salgueiro lembrou que “Matosinhos tem uma relação muito forte com estes dois setores e vemos com bons olhos que o governo possa ter fomentado esta aproximação”.