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A Voz de Matosinhos

2023/03/22

Construção de vale tecnológico em Leça do Balio arranca este ano

Freguesias

Chama-se "Fuse Valley", foi apresentado em 2021, e deverá começar a ser construído ainda este ano em Leça do Balio, Matosinhos. Trata-se de um centro de inovação tecnológica e o projeto está a cargo do Castro Group. O diretor executivo, Paulo Castro, prevê que o projeto possa ser inaugurado em 2030.

A fase final do projeto "Fuse Valley" está próxima e, de acordo com o diretor executivo do Castro Group, Paulo Castro, a obra deverá arrancar "ainda este ano". "Gostava, efetivamente de, em 2030, ver o projeto totalmente construído e em funcionamento", afirmou, na passada quinta-feira, à Lusa, à margem do evento imobiliário MIPIM, em Cannes, França.

Aliás, a estimativa de Paulo Castro é a de que, entre o segundo semestre de 2026 e janeiro de 2027, esteja concluída a primeira fase do projeto. O investimento, que ronda os 200 milhões de euros, é partilhado com a Farfetch, plataforma de moda de luxo.

Trata-se da criação de um centro de inovação tecnológica, com a construção de 24 edifícios que darão lugar a escritórios, habitação, um hotel e vários serviços. Parte "substancial" da área destinada aos escritórios será ocupada, precisamente, pela Farfetch, estando a decorrer "algumas negociações" para acomodar outras empresas e serviços.

"O principal objetivo é termos os serviços e necessidades do dia-a-dia disponíveis para quem ali trabalha", disse Paulo Castro, notando que, uma vez concluído, o projeto vai criar 10 mil postos de trabalho.

Já o hotel, que será "ancorado num conceito de 'business' hotel", terá 70 quartos e ocupará uma área de 12 mil metros quadrados, para onde estão previstos vários espaços comuns, como "salas para eventos, congressos, espaços de 'coworking' e spa".

À semelhança do que acontece com a área destinada aos escritórios, também nestes casos decorrem "conversações com alguns operadores", não estando ainda definido o modelo de negócio para a futura unidade hoteleira. Isto porque, esclarece Paulo Castro, não está ainda decidido "se o hotel irá arrancar na primeira fase ou numa fase seguinte [do projeto]". Ainda assim, o diretor executivo acredita que, dentro de um ano, essa questão possa estar "fechada".

Por sua vez, o espaço destinado a habitação vai integrar o conceito de 'coliving' e será "muito focado nos trabalhadores". Terá "cerca de 150 unidades", prevendo-se a criação de um parque urbano "com praticamente 10 hectares".

 

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