A Associação Empresarial de Portugal (AEP) quer recomprar a Exponor, vendida em finais de 2013 ao fundo Nexponor, quando a associação se encontrava em graves dificuldades financeiras. Ultrapassadas que estão, a AEP quer recomprar o parque de exposições, situado em Leça da Palmeira, por 26 milhões de euros.
A notícia é avançada pelo Jornal Público, que informa que a associação já avançou com um sinal de um milhão de euros e que o negócio tem que ser fechado até maio de 2024. Sobre a forma de financiar a compra, Luís Miguel Ribeiro diz que ainda estão a ser avaliadas as várias opções, podendo envolver receitas próprias, uma emissão de obrigações, ou através do Banco de Fomento ou do Banco Europeu de Investimento.
"Queremos retomar o centro de congressos a funcionar em pleno. O parque de exposições tem 30 anos, é natural que precise de alguns melhoramentos. Mas estruturalmente está em boas condições. Precisa de uma renovação, de ser adequado aos novos desafios, de eficiência energética e sustentabilidade. A área [de exposição] que tem é suficiente", refere em declarações ao jornal.
A Nexponor, que detém 180 mil metros quadrados de terreno, que incluem o 40 mil m2 da Exponor e área envolvente, bem como 100 mil m2 passíveis de promoção imobiliária, é para ser liquidado. A associação detém 7% - receberá uma parcela equivalente quando os terrenos forem vendidos -, sendo que o fundo é controlado por bancos.
Luís Miguel Ribeiro explicou ainda que o processo de venda ocorrerá em leilão internacional, "com o ónus de que quem compra já sabe que o parque de exposições se destina a ser recomprado pela AEP, que inclusivamente já entregou um sinal de um milhão de euros".
Questionado pelo Porto Canal relativamente ao objetivo de recomprar a Exponor, Luís Miguel Ribeiro confessou que o parque de feiras e congressos de Matosinhos é "um importante ativo da AEP não só por aquilo que representa na região Norte do país", mas também porque gera receitas para o próprio funcionamento da associação.
O valor do negócio de recompra "será de cerca de 26 milhões de euros, sendo certo que já temos aqui asseguradas algumas fontes para contribuirem para esse valor, fontes de receitas e outros recursos que já estão identificados para conseguir montar o negócio", explicou o líder da AEP, explicou a esta estação noticiosa do Porto.